Artigo Budapeste Abril 2019 Jornal O Público



Budapeste – Uma cidade Imperial
 
Budapeste, capital da Hungria, localizada na Europa Central, nas margens do enorme e belo rio Danúbio, onde oito pontes ligam Buda a Peste.
É sem dúvida uma cidade imperial, onde a tradição e a modernidade se fundem, dando origem a esta magnífica cidade. É uma terra, por onde passaram antigos celtas, nómadas, guerreiros e conquistadores.
Ir a Budapeste é ficar totalmente extasiado e apaixonado com a sua beleza, o inspirador Danúbio azul, as pontes que ligam Buda a Peste, a grandeza das ruas e avenidas, os castelos, os prédios antigos, as igrejas e os monumentos sumptuosos, a dinâmica moderna da cidade, gente bonita, trabalhadora e cool, gente que se respeita, organizada, aberta, simples e sem grandes snobismos. País barato para se visitar e viver, quando se evitam lugares demasiado turísticos. Relaxamento no ar, uma vida de trabalho, mas sem stress. O silêncio escuta-se por entre alguns bairros, o verde respira-se. Uma cidade plana sem altos nem baixos.
A cidade mais antiga é Obuda, ocupada pelas tribos celtas até à conquista dos romanos, no século I a.C.. Esta foi fundada no ano 89 e durante quatro séculos, foi a capital da região romana de Panónia. Os romanos chamavam Obuda de Aquincum, que vem da palavra aqua (água), em homenagem àos inúmeros espaços termais que proporcionam tanta fama a Budapeste.
A região atual da Hungria, habitada inicialmente por grupos celtas, começou a ser ocupada por grupos da tribo Magyar, até então nómadas, a partir do ano 896. Sob a liderança do Príncipe Arpad, as tribos fixaram-se na região. A partir de 955, o Príncipe Geza, inicia uma aproximação com as nações vizinhas, todas praticamente estados cristãos.
O Príncipe Geza adere ao cristianismo e o seu filho Vajk é batizado com o nome de Istvan (Estevão) o qual já foi educado para ser um monarca Cristão. Estevão casa-se com Gisela, filha mais velha do rei Henrique II da Baviera.
Estevão passou à história como um grande homem e estadista, que unificou nove tribos, todas elas rivais entre si e formou o povo húngaro. No ano 1000, Estevão é coroado rei com uma coroa de ouro presenteada pelo Papa Silvestre II em reconhecimento pelos esforços em defesa da fé cristã e consolida o reinado iniciado por seu pai. A Hungria nasce então no ano 1000, com a coroação deste seu primeiro rei Estevão.
Mais tarde, em 1867, foi constituído o império Austro-húngaro, tendo início uma época dourada para a capital e para a nação. Em 1873, uniram-se definitivamente Buda e Peste sob o nome de Budapeste e a cidade chegou a ser a segunda mais importante do Império Austro-húngaro, sendo a mais importante a cidade de Viena.
Depois da Primeira Guerra Mundial, o Tratado de Saint-Germain-en-Laye, pelo qual a Áustria renunciou aos direitos da monarquia austro-húngara, separou a Hungria da Áustria e assim se constituiu o Estado Húngaro Independente.
Depois da assinatura do Tratado de Trianon em 1920, acordo que os aliados impuseram à Hungria depois da queda de Bela Kum, a Hungria perdeu a Eslováquia, Ruténia, Transilvânia, Croácia, Burgenland, mais de dois terços do seu território e Budapeste tornou-se uma capital enorme para um estado tão pequeno.
Com a queda da União Soviética em 1989, a Hungria abandonou o comunismo e recuperou sua liberdade, nascendo assim a República Húngara. E em 2004, a Hungria passou a fazer parte da União Europeia.

O que visitar em Budapeste:

Basílica de Santo Estevão
Parlamento
Passeio de Barco Noturno
Termas (Gellert, Szechenyi e Rudás)
Castelo em Buda
Monumento da Libertação
Ponte das Correntes
Rua Váci
Praça dos Heróis
Parque da Cidade
Ilha Margarita
Igreja de São Matias
Ópera Nacional
Museu Nacional
Sinagoga
Café New York

Fora de Budapeste
Lago Balaton
Eger
Debrecen

Sabores húngaros
Se há algo absolutamente característico da gastronomia húngara é o uso constante de paprica (pimentos picantes vermelhos, amarelos ou verdes) e malaguetas. Daí o tom normalmente avermelhado dos seus pratos típicos e também a venda exagerada de paprica em lojas de souvenirs. A melhor forma de acompanhar estes pratos quentes será com um bom vinho húngaro Kadarka ou Egri Bikavér, de uma das treze regiões demarcadas do país. Existem também inúmeras cervejas para saborear. Experimente também a Pálinka, uma bebida destilada feita à base de damasco, cereja, ameixa, maçã, etc. Existe também o Unicum, um licor amargo de ervas.

Goulash enorme sopa de carne
Quanto à comida de rua, destaca-se:
Lángos parece uma pizza mas a massa é frita
Kurtoskalacs é um pão doce de massa fina enrolado e servido com chocolate, canela, etc.
Rui Sebők Bizarro

Jornal O Público - Fuga dos Leitores

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