Budapeste – Uma cidade Imperial
Budapeste, capital da Hungria, localizada
na Europa Central, nas margens do enorme e belo rio Danúbio, onde oito pontes
ligam Buda a Peste.
É sem dúvida uma cidade imperial,
onde a tradição e a modernidade se fundem, dando origem a esta magnífica
cidade. É uma terra, por onde passaram antigos celtas, nómadas, guerreiros e
conquistadores.
Ir a Budapeste é ficar totalmente
extasiado e apaixonado com a sua beleza, o inspirador Danúbio azul, as pontes
que ligam Buda a Peste, a grandeza das ruas e avenidas, os castelos, os prédios
antigos, as igrejas e os monumentos sumptuosos, a dinâmica moderna da cidade,
gente bonita, trabalhadora e cool,
gente que se respeita, organizada, aberta, simples e sem grandes snobismos.
País barato para se visitar e viver, quando se evitam lugares demasiado
turísticos. Relaxamento no ar, uma vida de trabalho, mas sem stress. O silêncio
escuta-se por entre alguns bairros, o verde respira-se. Uma cidade plana sem
altos nem baixos.
A cidade mais antiga é Obuda,
ocupada pelas tribos celtas até à conquista dos romanos, no século I a.C.. Esta
foi fundada no ano 89 e durante quatro séculos, foi a capital da região romana
de Panónia. Os romanos chamavam Obuda de Aquincum, que vem da palavra aqua (água), em homenagem àos inúmeros espaços
termais que proporcionam tanta fama a Budapeste.
A região atual da Hungria, habitada
inicialmente por grupos celtas, começou a ser ocupada por grupos da tribo
Magyar, até então nómadas, a partir do ano 896. Sob a liderança do Príncipe
Arpad, as tribos fixaram-se na região. A partir de 955, o Príncipe Geza, inicia
uma aproximação com as nações vizinhas, todas praticamente estados cristãos.
O Príncipe Geza adere ao
cristianismo e o seu filho Vajk é batizado com o nome de Istvan (Estevão) o
qual já foi educado para ser um monarca Cristão. Estevão casa-se com Gisela,
filha mais velha do rei Henrique II da Baviera.
Estevão passou à história como um
grande homem e estadista, que unificou nove tribos, todas elas rivais entre si
e formou o povo húngaro. No ano 1000, Estevão é coroado rei com uma coroa de
ouro presenteada pelo Papa Silvestre II em reconhecimento pelos esforços em
defesa da fé cristã e consolida o reinado iniciado por seu pai. A Hungria nasce
então no ano 1000, com a coroação deste seu primeiro rei Estevão.
Mais tarde, em 1867, foi
constituído o império Austro-húngaro, tendo início uma época dourada para a
capital e para a nação. Em 1873, uniram-se definitivamente Buda e Peste sob o
nome de Budapeste e a cidade chegou a ser a segunda mais importante do Império
Austro-húngaro, sendo a mais importante a cidade de Viena.
Depois da Primeira Guerra Mundial,
o Tratado de Saint-Germain-en-Laye, pelo qual a Áustria renunciou aos direitos
da monarquia austro-húngara, separou a Hungria da Áustria e assim se constituiu
o Estado Húngaro Independente.
Depois da assinatura do Tratado de
Trianon em 1920, acordo que os aliados impuseram à Hungria depois da queda de
Bela Kum, a Hungria perdeu a Eslováquia, Ruténia, Transilvânia, Croácia,
Burgenland, mais de dois terços do seu território e Budapeste tornou-se uma
capital enorme para um estado tão pequeno.
Com a queda da União Soviética em
1989, a Hungria abandonou o comunismo e recuperou sua liberdade, nascendo assim
a República Húngara. E em 2004, a Hungria passou a fazer parte da União
Europeia.
O que visitar em Budapeste:
Basílica de Santo Estevão
Parlamento
Passeio de Barco Noturno
Termas (Gellert, Szechenyi e Rudás)
Castelo em Buda
Monumento da Libertação
Ponte das Correntes
Rua Váci
Praça dos Heróis
Parque da Cidade
Ilha Margarita
Igreja de São Matias
Ópera Nacional
Museu Nacional
Sinagoga
Café New York
Fora de Budapeste
Lago Balaton
Eger
Debrecen
Sabores húngaros
Se há algo absolutamente característico
da gastronomia húngara é o uso constante de paprica (pimentos picantes
vermelhos, amarelos ou verdes) e malaguetas. Daí o tom normalmente avermelhado
dos seus pratos típicos e também a venda exagerada de paprica em lojas de
souvenirs. A melhor forma de acompanhar estes pratos quentes será com um bom
vinho húngaro Kadarka ou Egri Bikavér, de uma das treze regiões demarcadas do
país. Existem também inúmeras cervejas para saborear. Experimente também a Pálinka,
uma bebida destilada feita à base de damasco, cereja, ameixa, maçã, etc. Existe
também o Unicum, um licor amargo de ervas.
Goulash enorme sopa de carne
Quanto à comida de rua, destaca-se:
Lángos parece uma pizza mas a massa
é frita
Kurtoskalacs é um pão doce de massa
fina enrolado e servido com chocolate, canela, etc.
Rui Sebők Bizarro
Jornal O Público - Fuga dos Leitores
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