Firewalking
Supere os seus
limites!
Firewalking é uma prática tradicional que remonta a 4000
anos atrás, baseia-se na teoria da mente sobre a matéria. O elemento Fogo é
considerado uma importante ferramenta para o autodesenvolvimento e evolução humana
e este ritual de firewalking sempre foi utilizado em muitas culturas, em
diferentes pontos do planeta, através de xamãs, sacerdotes e outros curadores.
A referência mais antiga remonta à Índia Antiga, no entanto,
existem evidências históricas em muitos outros lugares. Por exemplo, em Roma os
cidadãos ficavam isentos de pagar impostos ao demonstrarem a sua capacidade de
andar sobre o fogo sem se queimarem. Os Kung Bosquímanos em África utilizavam a
dança do fogo como um ritual de cura para a sua tribo. Em Bali, a dança do fogo
é um ritual de boas vindas a todas as raparigas com sete anos de idade. Os
gregos dançavam sobre as brasas durante horas para homenagear São Constantino e
Santa Helena. Estes rituais têm sido praticados também na Argentina, Austrália,
Brasil, Espanha, Bulgária, Birmânia, China, Egito, Fiji, Grécia, Haiti,
Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Filipinas, Singapura,
Espanha, Sri Lanka, Tailândia, Tibete, e mais recentemente em Portugal.
Em 1977, Tolly Burkan criou o movimento global do
Firewalking, após ter sentido uma imensa transformação interior por ter
caminhado sobre as brasas, foi sua intenção a partir desse momento espalhar o
ensinamento do Firewalking pelo mundo e assim o fez. Alterando totalmente a
forma como as antigas tradições o usavam, passando a usar o Firewalking como
uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, que contribui de forma poderosa para
a nossa transformação interior. A partir daí levou este ritual a centenas de
corporações em todo o mundo.
A partir dos anos 80, até aos dias de hoje, Anthony Robbins,
um coacher californiano, continuou a espalhar esta ferramenta pelo mundo, em
centenas de empresas e milhares de pessoas têm o privilégio de assistir aos
seus ensinamentos altamente transformadores com o recurso a este ritual.
Por muitos anos, as pessoas realmente acreditavam que andar
sobre o fogo era um verdadeiro milagre e os que não tinham esta fé, simplesmente
queimavam-se. No entanto, existem algumas razões científicas para o facto de
não nos queimarmos. Em primeiro lugar, este ritual deve ser apenas conduzido
por instrutores devidamente treinados no Firewalking, de forma a conseguirem
preparar devidamente os participantes de forma segura. Em segundo lugar, tem
que ver com alguns aspetos da física de condução de calor, ou seja, a madeira e
o carvão quase inteiramente compostas de carbono são considerados baixos
condutores do calor, ao contrário, por exemplo, do metal. Por isso quando
abrimos o forno das nossas cozinhas mal conseguimos colocar a mão lá dentro.
Outra das razões para o facto de ser difícil nos queimarmos num Firewalking é o
facto dos nossos pés e palmas das mãos, serem constituídos essencialmente de
água e esta leva algum tempo a aquecer.
O Firewalking não é nenhuma performance e também não se
resume apenas à criação de adrenalina que aumenta significativamente nestes
rituais. A nossa experiência enquanto instrutor de Firewalking demonstra os
inúmeros benefícios pessoais e transpessoais desta prática no ser humano, por
isso tem sido cada vez mais utilizada em muitos contextos profissionais. Este
ritual pode trazer um impacto tão grande tanto em termos corporais como
mentais, levando-nos a colocar em questão muitos dos nossos padrões de
comportamento, assim como as crenças que carregamos durante toda uma vida. O
fogo cria-nos indubitavelmente medo e a oportunidade de um Firewalking é
precisamente enfrentarmos os medos e podermos transformá-los de uma forma
inteiramente positiva.
Temos verificado que após estes rituais as pessoas conseguem
enfrentar de uma forma mais segura e confiante aquilo que anteriormente
consideravam obstáculos na sua vida, transformam as suas crenças limitadoras,
permitem estar mais atentos aos seus pensamentos e emoções, ajuda-os a melhorar
a autoestima, autoconhecimento e o poder de decisão. Por último, também
verificamos uma sensação de empoderamento por parte dos participantes em geral.
Contribui sem dúvida para integrar a ideia de que as coisas que parecem
impossíveis são de facto possíveis, trazendo este aspeto, muitas consequências
positivas e transformadoras. Sabemos que muitos dos nossos problemas pessoais tem
quase sempre uma solução e, muitas das vezes, baseia-se em encontrar uma diferente
perspetiva, uma diferente forma de olharmos o problema e até deixarmos de o
considerar um problema. O Firewalking é uma excelente ferramenta para nos
transformar o nosso angulo de visão sobre o mundo.
O elemento fogo representa a energia vital, uma energia
universal, entusiástica, irradiante que quando a sentimos inunda-nos de uma
vontade incrível de viver. É sinónimo de calor, de paixão, de entusiasmo e
permite-nos ver e sentir a vida cheia de cor, alegria, abrindo-nos para a
intuição. O fogo simboliza a regeneração, a purificação e a transformação.
Em Portugal, este ritual tem sido utilizado por alguns
instrutores que o promovem junto das empresas ou em formações ligadas ao
desenvolvimento pessoal.
Rui Sebők Bizarro
Psicólogo Transpessoal
projetosimplesmente@gmail.com
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