A beleza do ser humano pode ser realçada como entendermos e de forma bem criativa. Adoro a beleza natural de uma Mulher e desde que não seja em exagero, uma bonita maquilhagem, num momento especial, sei que também ajuda a realçar a sua beleza. Não tenho nada contra isso!!!
No entanto, os tempos mudaram...
Máscaras, viseiras, luvas tem sido o nosso dia-a-dia nos últimos tempos. Ocultando expressões faciais, mãos mais ou menos elegantes, unhas mais ou menos cortadas, unhas mais ou menos sujas.
Já repararam como estamos a ser obrigados a trabalhar o nosso ego, a nossa aparência, a nossa vaidade?
Maquilhagem, blush, rimmel, eliminação de rugas, champô, óleos, pentes e bálsamos para barba, batom, lápis de lábios, botox nos lábios, branqueamentos dentários, unhas pintadas, unhas de gel, verniz, anéis e tantos outros produtos e acessórios que estão a ser postos de lado, que estão a ser desvalorizados, adiados por não termos possibilidade de nos pavonearmos lá fora.
Estes meses que passaram também demonstraram em muitos países que a quantidade de loiros e de loiras é muito inferior ao que se pensava, assim como a quantidade de pessoas com cabelo grisalho é muito maior do que o que se pensava.
Saiu-nos o tapete do chão que nos tem levado a não nos expor tanto ao exterior, às aparências, à Maya da vida, a não alimentar tanto o nosso ego, a nossa imagem.
Inshalá nos fique esta aprendizagem como todas estas aparências são efémeras, não são de todo a finalidade do ser humano, apenas meros acessórios, não essenciais. E se não usarmos estas aparências e acessórios, hoje ou amanhã, nada disso nos impedirá de sermos felizes. A vida continuará sem maquilhagem, sem botox, sem aquele bálsamo de barba. A nossa beleza pode e deve vir de dentro, da nossa inteligência, da nossa atitude, do nosso comportamento, dos nossos valores, da nossa integridade.
Aproveitemos o embalo do momento para trabalhar o nosso ego, as nossas aparências, de revalorizar outros aspetos de nós próprios, de revalorizar o interior de cada um, de não vivermos tanto à superfície e mergulharmos na vida e em nós mesmos, para com isso sermos mais profundos. Tal como uma pérola no fundo do mar que só pode ser vista do exterior em águas transparentes e cristalinas e não em águas lamacentas e lodosas.
Rui Sebők Bizarro
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